quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Como se fazia há 50 anos

Todo mundo - pelo menos quem se dá ao trabalho de ler isso aqui - sabe que nosso negócio é preservar a cultura desse incrível esporte, reproduzindo modelos de pranchas que marcaram sua época ou que tiveram uma certa relevância para a história. Já tem um tempinho que estou procurando reunir informações suficientes para reproduzir um dos modelos mais emblemáticos do surf, as PIG SURFBOARDS que lotaram as praias nos anos 50 e 60. O outline meio estranho, com a largura máxima da prancha completamente deslocada em direção à rabeta e mais a quilha "D fin"- que mais parece um leme - , tornam o modelo inconfundível. Ainda não surfei nenhuma prancha assim (no Museu do Surf aqui em Cabo Frio há algumas autênticas) mas tudo que li a respeito da conta de ser uma prancha bem funcional proporcionando um surf muito divertido. Acho que abriremos 2011 com uma belezinha dessas em produção, em breve terei um parecer mais detalhado para dividir com vocês, por hora fica um estudo do brinquedo.
concave no bico, fundo em V suave acentuando na rabeta. Quilha D 
A pintura será alguma coisa nessa linha. Algum palpite?

domingo, 12 de dezembro de 2010

E nas lixas...

Quem conhece de perto o processo de produção de uma prancha sabe como são importantes as etapas de lixação e polimento. Fundamentais para o perfeito acabamento da prancha. Na foto, quem comanda as lixas é o mestre Walber, que conhece a fundo os segredos dessa tarefa.

Uma lenda

Quem quiser saber mais sobre Greg Noll pode dar uma olhada em http://www.vintagegregnollsurf.com/

Perseguindo Noll

Já postei aqui sobre a famosa "Da Cat" de Noll e Dora.
Continuo atrás de informações sobre o modelo e encontrei algumas coisas interessantes a respeito. Sobre sua funcionalidade, os argumentos, principalmente os de Mr. Dora, defendem um maior controle da prancha nos passeios de bico. Seria algo semelhante ao que ocorre com os shapes de skate, côncavos no deck que realmente parecem fazer os pés "grudarem" mais na tábua. Dora definiu o controverso modelo como imbatível em todas as ondas, e quem já o viu balançando de um lado para o outro no bico da prancha, empurrando outros surfistas para fora da onda, é capaz de acreditar em sua afirmação. Delicado como ele só, chegou a afirmar à época: "Da Cat é para surfistas que "esculpem e distroem sistematicamente as ondas" e não gostaria de ver suas pranchas como "decoração de carros de adolescentes" ou "mesas de café". Em outras palavras, disse que não é uma prancha para pregos. De fato, o visual da prancha pode causar estranheza para alguns, mas prá mim é um clássico incontestável e assim que reunir as informações mínimas necessárias, reproduziremos o modelo. Se alguém tem alguma dica, ficamos agradecidos.

Inovação + experiência

Pat Rawson é shaper no North Shore de Oahu desde 1972, e é conhecido por combinar perfeitamente linhas modernas com o melhor do "old school". Escolhemos uma "diamond tail monoquilha" como referência para reproduzir as linhas de Rawson, que já consagrou suas pranchas em mais de 26 países ao redor do mundo. Os mestres fazem, nós seguimos.