Como se fazia há 50 anos

Todo mundo - pelo menos quem se dá ao trabalho de ler isso aqui - sabe que nosso negócio é preservar a cultura desse incrível esporte, reproduzindo modelos de pranchas que marcaram sua época ou que tiveram uma certa relevância para a história. Já tem um tempinho que estou procurando reunir informações suficientes para reproduzir um dos modelos mais emblemáticos do surf, as PIG SURFBOARDS que lotaram as praias nos anos 50 e 60. O outline meio estranho, com a largura máxima da prancha completamente deslocada em direção à rabeta e mais a quilha "D fin"- que mais parece um leme - , tornam o modelo inconfundível. Ainda não surfei nenhuma prancha assim (no Museu do Surf aqui em Cabo Frio há algumas autênticas) mas tudo que li a respeito da conta de ser uma prancha bem funcional proporcionando um surf muito divertido. Acho que abriremos 2011 com uma belezinha dessas em produção, em breve terei um parecer mais detalhado para dividir com vocês, por hora fica um estudo do brinquedo.

concave no bico, fundo em V suave acentuando na rabeta. Quilha D 

A pintura será alguma coisa nessa linha. Algum palpite?

E nas lixas...

Quem conhece de perto o processo de produção de uma prancha sabe como são importantes as etapas de lixação e polimento. Fundamentais para o perfeito acabamento da prancha. Na foto, quem comanda as lixas é o mestre Walber, que conhece a fundo os segredos dessa tarefa.

Uma lenda

Quem quiser saber mais sobre Greg Noll pode dar uma olhada em http://www.vintagegregnollsurf.com/

Perseguindo Noll

Já postei aqui sobre a famosa "Da Cat" de Noll e Dora.
Continuo atrás de informações sobre o modelo e encontrei algumas coisas interessantes a respeito. Sobre sua funcionalidade, os argumentos, principalmente os de Mr. Dora, defendem um maior controle da prancha nos passeios de bico. Seria algo semelhante ao que ocorre com os shapes de skate, côncavos no deck que realmente parecem fazer os pés "grudarem" mais na tábua. Dora definiu o controverso modelo como imbatível em todas as ondas, e quem já o viu balançando de um lado para o outro no bico da prancha, empurrando outros surfistas para fora da onda, é capaz de acreditar em sua afirmação. Delicado como ele só, chegou a afirmar à época: "Da Cat é para surfistas que "esculpem e distroem sistematicamente as ondas" e não gostaria de ver suas pranchas como "decoração de carros de adolescentes" ou "mesas de café". Em outras palavras, disse que não é uma prancha para pregos. De fato, o visual da prancha pode causar estranheza para alguns, mas prá mim é um clássico incontestável e assim que reunir as informações mínimas necessárias, reproduziremos o modelo. Se alguém tem alguma dica, ficamos agradecidos.

Inovação + experiência

Pat Rawson é shaper no North Shore de Oahu desde 1972, e é conhecido por combinar perfeitamente linhas modernas com o melhor do "old school". Escolhemos uma "diamond tail monoquilha" como referência para reproduzir as linhas de Rawson, que já consagrou suas pranchas em mais de 26 países ao redor do mundo. Os mestres fazem, nós seguimos.

Panorama

Foguete no final da tarde, com uma luz típica de primavera em duas fotos pan, clicadas no final de semana

Sábado de sol...

...e poucas ondas.
Foi um sábado de merrequinhas depois de uma semana de excelentes ondas - justamente quando eu estava a quilômetros daqui - mas o banho é imperdível, principalmente com essa água cristalina que temos aqui. As fotos são da praia do Foguete.

fiscalização na areia

piscina com ondas

Cabo Frio e Praia do Forte ao fundo

Praia do Pontal ao fundo

finalzinho da tarde

Mar em fúria.

Neste ano de 2010 tivemos duas grandes ressacas em Cabo Frio, a última delas proporcionou espetáculo de rara beleza, e jogou na areia parte do calçamento. Amigos de vários lugares me perguntaram sobre o tamanho do estrago e sobre o perigo de nova ocorrência desse tipo. Até onde consegui saber, o fenômeno já ocorreu no passado e certamente voltará a ocorrer, não se pode precisar quando pois é resultado de altura de maré, direção da ondulação, ventos e outras condições climáticas. A afirmação unânime dos especialistas diz respeito ao estrago na orla, que aconteceu pela simples razão de ter sido construída exatamente sobre a faixa de praia. Geograficamente a praia funciona como um "amortecedor" nos casos de ressaca, absorvendo a energia das ondas. Como não havia mais a faixa de areia original - desenhada pela natureza - para dissipar a força da ressaca, toda a energia foi despejada sobre a estrutura do calçamento. E o mar é bem maior e muito mais forte. Agora estão recontruindo tudo, no mesmo lugar, praticamente da mesma forma, ou seja, ainda tem engenheiro medindo competência (será que eu deveria ter usado essa palavra?) com a natureza. Em quem você aposta? Para quem não viu, algumas fotos cedidas pelo amigo Leo do jornal TopFitness. Aproveitem o visual, façam suas apostas.

JET FORA DA ÁREA DE ARREBENTAÇÃO

Impressionante mas ainda acontece.
Nos últimos feriados aqui em Cabo Frio a presença constande de jet ski dentro da área de arrebentação, dividindo espaço na água com os banhistas. Não apareceu nenhuma autoridade para lidar com a situação, confirmando minha suspeita que em matéria de segurança, estamos abandonados, mesmo dentro d'água. Lamentável. A verdade é que a maioria respeita e se diverte com seu jet no espaço permitido à navegação, mas infelizmente uma meia dúzia de irresponsáveis (para ser educado) insiste em colocar a vida alheia em risco. Com o verão chegando esperamos sinceramente, ver alguma atitude a respeito ou certamente acabaremos lendo as noticias de acidentes nos jornais.

Uns dias fora

Pessoal, passei uns dias fora e por isso não tenho postado.
Agora já de volta vou normalizando as postagens aos poucos OK.
Temos algumas pranchinhas "no forno" e em breve publico as fotos

Ponta das Canas

Fica na Bela e Santa Catarina, em Floripa. Ponta das Canas é o nome da praia, normalmente um mar lisinho sem nada, mas com a ondulação certa rola uma marolinha looooonga, uma delícia para andar de longboard. O cara em primeiro plano é Felipe Siebert, que fabrica as pranchas holow (de madeira, ocas) que estão deixando a galera babando. A foto impecável é de Luciano Burin do site http://www.surfecult.com/, recolhida no blog do Felipe e devidamente autorizada por ele.

Quilhas

Estamos preparando algumas quilhas especiais para equipar as pranchas de nossos clientes e em breve publicaremos algumas dicas sobre os tipos de quilha e suas aplicações. Uma pequena alteração de posicionamento pode mudar a performance da prancha. Aguarde e confira.

Foguete

Não havia postado nenhuam foto da Praia do Fogeute, uma de minhas prefiridas aqui. Essa não é uma foto que represente muito bem o que rola por lá, mas durante o feriado de Finados o mar não esteve grande coisa. O destaque na foto vai para esse long 9'1", com "full concave" escavado na quase totalidade da prancha. Curvas rápidas, estável, e de boa remada. Brinquedo bacana. Monoquilha, claro.
Ah, assim que tiver, publico uma foto mais reveladora das ondas do Foguete.

Estacionamento de transatlânticos

Há quem ache lindo, particularmente prefiro a linha do horizonte decorada com aves, nuvens, prosaicas velas dos barquinhos e no máximo os barcos de pesca aqui da região, mas com o verão chegam os transatlânticos recheados de gente para curtir nossas praias. Não podia ser diferente, o passeio é mesmo imperdível, as praias são lindas como poucas.
Aqueles que têm o hábito de não deixar em nossas areias, mais que suas pegadas  e não levar mais que excelentes lembranças e lindas fotos, são muito bem-vindos. Aos outros, recomendamos conhecer as maravilhas do Afeganistão.

Pan da Praia do Forte com o "barquinho ao fundo"

Na vala

Sempre vale a pena registrar o trabalho de heróis que os Bombeiros Guarda Vidas realizam em nossa cidade. Essa valinha ai da foto, bem em frente à torre de observação dos Bombeiros tem dado bastante susto nos desavisados. Alíás, você banhista, vindo lá de não sei onde, PERIGO aqui, significa perigo mesmo, melhor respeitar as placas para não provar a força da valinha e pagar mico. Portanto, nota mil aos Bombeiros Guarda Vidas que continuam tirando com vida, os "nadadores de chumbo" da água.
A nota zero vai para os pangarés que insistem em navegar com jetski dentro da área de arrebentação, colocando em risco a vida de banhistas, ignorando completamente as normas da Marinha. Abaixo de zero é a nota para as autoridades que deveriam controlar esse tipo de coisa. No feriado, vimos vários jets brincando por bastante tempo nas ondas, impunemente. Triste.

O dia rendeu

Para uma terça-feira que começou chuvosa, o dia rendeu bastante. Comecei às 7.30hs da manhã nas águas da Praia do Forte - que aliás, estavam quentinhas permitindo usar apenas a bermuda - com minha 9'6" clássicona nova. Ainda estou na fase inicial do namoro, com todas as atenções só para ela. No final do dia voltei à mesma valinha para mais uma remada. Fiquei até o final do dia e antes de ir embora, saquei minha maquininha fotográfica e registrei o anoitecer maravilhoso. Não posso reclamar do dia.

9'6" mono, perfeita.

luzes, câmera... e chega de ação por hoje!

Veja

Não deixem de conferir os posts mais antigos.
Também não deixem de comentar os posts para que possamos aferir a aceitação de nosso projeto e adaptar o que for necessário para aprimorar nossas ideias.
Boas ondas!

Encantamento

Para não sucumbir ao canto e encanto das sereias Ulises se fez amarrar ao mastro principal de seu navio, tapou suas orelhas e fez o mesmo com o resto de sua tripulação. As sereias eram irresistíveis mesmo para os mais bravos e experientes marinheiros. As nossas sereias irão exercer o mesmo encantamento sobre quem "bater os olhos" em uma de nossas pranchas. Prepare-se para se encantar.

Comentários são bem vindos.

Pessoal, os comentários serão sempre muito bem recebidos.
Estamos desenvolvendo pranchas que acreditamos estar entre as melhores nesse gênero.
Os projetos de nossas réplicas são estudados e pesquisados para oferecer o melhor do design de época com os recursos mais modernos dos quais dispomos. Usamos blocos, tintas, pigmentos e resinas de alta qualidade para obter um produto final impecável. A participação de todos com suas opiniões e conhecimento só irá melhorar nosso produto, por isso aguardamos os comentários ok!

Moderno com uma pitada de clássico

Este modelo tem como base as pranchas de equipe da Gordon&Smith, batizada de TEAMRYDER pelo próprio Lary Gordon o modelo funciona bem conjugando seu bico de área generosa com uma rabeta round pin de "V" suave, que permite trocas de bordas - bordas 60/40 diga-se de passagem - com muita facilidade.
Set de quilhas com uma central de 8" 1/2 no mínimo e dois estabilizadores logo à frente. Experimente, peça uma!

Cavaleiro das ondas

O Black Knight Quad é uma modifacação - ou evolução - no design das Biquilhas de Hynson. Este modelo combina o shape básico da biquilha e uma configuração quadriquilha que resulta numa prancha extremamente rápida e manobrável, sem sacrificar o design de “fish”.É a mais versátil nesta linha de pranchas e pode ser utilizada em uma ampla gama de condições de surf. Desenhado por Michael e Hynson Mattison Sean na produtiva década de 70 e agora voltando com força total.

Vim, vi e fiquei

Ainda há quem me pergunte porque escolhi viver aqui, em Cabo Frio. Além de minha opção por viver em cidades pequenas, fora da confusão das capitais, aqui eu tenho agua cristalina, sol praticamente ano inteiro, excelente clima e picos que recebem ondulação de quadrantes norte, leste e sul... Precisa mais que isso?

Da Cat

Que o Greg Noll é um mestre todo mundo sabe. Mas o que ninguém ainda conseguiu me explicar é a razão da existência dessa espécie de concave que ele inventou na parte superior (deck) do bica da prancha que batizou de DaCat, lendária prancha usada pelo húngaro Miklos - Miki - Dora. Felipe Siebert esteve com o próprio Noll no Festivalma 2010 mas também não conseguiu maiores informações. Pudera, não dava pra falar direito com o mestre. Assim que souber mais a respeito do funcionamento dessa prancha, faremos uma. Por enquanto, curtimos a foto.

Fish força total

As fish foram originalmente concebidas no início dos anos 70 e nasceram como pranchas que poderiam ser usadas para surfar deitado, de joelhos ou em pé. Podemos considerar como o primeiro conceito de “funboard” lançado, pois muitos surfistas na época ficaram fascinados com a possibilidade de “envolvimento total” com as ondas proporcionado pelo modelo.
O modelo fish não foi a primeira tentativa de se produzir uma prancha com “rabo de peixe” e nem o primeiro a usar duas quilhas. Bob Simmons - falaremos dele mais adiante - já havia produzido pranchas pequenas utilizando quilhas gêmeas, feitas de madeira balsa e bem no início dos anos 70 Steve Lis já teria combinado o desenho do rabo de peixe com as quilhas duplas.
No final dos anos 60 e início dos anos 70 uma verdadeira revolução estava acontecendo no surf. Cada vez mais surfistas desenvolviam ideias novas, usando os quintais de suas casas como oficinas de onde saíam pranchas inovadoras e ousadas - na história do surf conhecidas como backyard boards. O modelo fish é o resumo dessa revolução e representa melhor que todos os outros o que aconteceu naquela época. As fish nasceram silenciosamente nos quintais e mesmo sem o poder de divulgação das grandes marcas, ganharam fama no boca-a-boca, conquistando um lugar definitivo na história do surf como um dos modelos mais populares entre surfistas do mundo todo.
Acredita-se que o modelo tenha conquistado seu lugar ao sol - ou nas ondas - quando Reno Abellira apareceu surfando o que se considera a “fish alfa”, e inspirou Mark Richards para desenvolver suas “twin-fins” - biquilhas.
As pequenas pranchas com rabo de peixe - cerca de 5”6” de comprimento e 21” de largura - estão passando talvez, por seu melhor momento na história do surf, desejadas por uma multidão de surfistas no mundo inteiro, seja pelos que desejam experimentar suas curvas rápidas ou pelos saudosistas tentando reproduzir momentos inesquecíveis de suas trajetórias nas ondas.
Seja qual for o seu caso, você pode ter em seu quiver, uma autêntica fish, com alma das verdadeiras backyards surfboards. Encomende a sua.

Final do dia

Dia das crianças, finalzinho da tarde, depois de devorar um "PF" bem servido e encher a pança de arroz, feijão e peixe frito, fomos dar mais uma caída para fechar o dia, e pegar as sobras da ondulação cheia que bateu na terça. Na água, só eu, Guilherme GHP e o reflexo maravilhoso do final de tarde. Mais abaixo, uma ondinha no Posto 5, Foguete (a foto é mais antiga) Ambas "pinçadas" de gravação em video feitas com uma SONY bem simplinha.

Double Ended

Mais uma retrô para fazer a alegria de quem curte surf com muito estilo.
Trata-se de uma PIN TAIL CLÁSSICA com bico e rabetas praticamente iguais, conhecidas como Double Ended. Muito usada nos anos 50/60. As principais características dessa pequena jóia (claro, pequena é modo de dizer) são as bordas em 50/50 a curva longitudinal bem suave e um concave bem discreto nos 2/3 anteriores da prancha. Opcionalmente poderemos fazê-la com duas longarinas extra, e tail block. A quilha de encaixe permitirá experimentar outras alternativas além da 9" de área generosa recomendada.
Encomende a sua.

De saída

Dia das crianças, quase meio dia, cidade cheia, e eu saindo agora para pegar as merrequinhas que sobraram no Peró. Hora de levar meu brinquedinho para água.

Até a última gota

No final de semana fui aproveitar a ondulação que bateu por aqui, lá na Praia do Peró. As ondas eram menores a formação era bem melhor para andar com o meu 9'6" classicão (leia-se menos esforço, sem tomar na cabeça) Fiquei até o final do dia. Até a última gota.

Domingo no parque

No último domingo (10 de outubro) a Praia do Forte amanheceu com o mar apresentando séries de 1,5m. Apesar da formação não ser perfeita, a ondulação proporcionou bom surf e o visual impagável de nosso "quintal de casa".
Perfeito!